A valorização do boi gordo, com a arroba cotada acima de R$ 100 desde Outubro de 2010, tem se estendido a diversos setores da cadeia produtiva. O de touros comerciais, os chamados tourinhos, é um deles. São animais obtidos por meio de programas de melhoramento genético, mas que, ao contrário dos animais de elite, arrematados por cifras milionárias e encaminhados para centrais de inseminação, são vendidos em leilões ou diretamente nas fazendas para integrar rebanhos comuns e melhorar sua genética.
Com o objetivo de aproveitar o ciclo de alta, que começou em 2008 e deve se manter até o fim de 2012, creem os especialistas, pecuaristas passaram a mirar no aumento dos plantéis. A primeira medida foi deixar de abater as fêmeas. A segunda, que se intensificou em 2010 e deve se manter, é o investimento em tourinhos, cuja genética de alto nível ajuda a obter bezerros mais precoces, encurtando o ciclo produtivo, reduzindo custos e ampliando os lucros.
Além da valorização dos animais, outro motivo estimulou o pregão fora de época: a falta de chuva nas pastagens entre agosto e novembro, que bloqueou o cio das vacas e consequentemente eliminou, no período, a necessidade de touros novos. Os valores médios por animal passaram de R$ 4.400 para R$ 5.670 entre 2009 e 2010.
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